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Dr. João Galhofo: Médico de Medicinas Naturais
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Homeopatia

Homeopatia

Homeopatia (do grego homoios, semelhante+ pathos, doença) é um termo criado por Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) que designa um método terapêutico cujo princípio está baseado na similia similibus curantur("os semelhantes curam-se pelos semelhantes").

As origens da Homeopatia

A medicina homeopática existe há mais de200 anos. Em 1786 um médico alemão chamado Samuel Hahnemann propôs pela primeira vez um novo sistema de medicina baseado em processos suaves que ajudariam o corpo a curar-se.

Concluiu que os sintomas, eram o modo como o organismo lutava contra a doença, e que os remédios que provocavam os mesmos sintomas que a doença poderiam ajudar na cura.

Na realidade, as ideias de Hahnemann foram uma redescoberta de um princípio expresso originariamente pelo médico grego Hipócrates no século V a.C., para quem “os semelhantes curam-se com os semelhantes”.

Hahnemann designou o novo sistema por homeopatia, que significa “doença semelhante”, em contraste com a medicina convencional, denominada alopatia, que significa “contra a doença”, uma vez que utiliza remédios para eliminar ou prevenir os sintomas.

Hahnemann achava que as pequenas doses dos remédios homeopáticos seriam mais seguras do que as grandes, sem deixarem de ser eficazes.
Passou muitos anos a fazer experiências em si próprio e em familiares e amigos com uma ampla gama de substâncias naturais em formas diluídas.
A sua abordagem era holística, pois concentrava-se na pessoa inteira – nas suas facetas mental, emotiva, espiritual e física, e os seus remédios homeopáticos visavam restituir o equilíbrio natural do corpo e revigorá-lo para combatera doença.

Utilizando remédios naturais para aumentara capacidade curativa do próprio organismo, a homeopatia visa tratá-lo na sua globalidade. A doença é encarada como um sinal de desarmonia ou desequilíbrio interior, pelo que os homeopatas procuram resolver os problemas subjacentes em vez de se restringirem aos sintomas específicos.

Para tanto, utilizam remédios homeopáticos especiais, formas altamente diluídas de substâncias naturais que, numa dose potente, acabariam por provocar realmente os sintomas da doença numa pessoa sã. Pensa-se que isto é benéfico, já que os sintomas são considerados meios de o corpo combater a doença.

Segundo os homeopatas, quando melhor um remédio imitar os sintomas do doente, tanto melhor promoverá a cura, e quanto mais diluída for a dose, tanto maior será o efeito, pois os remédios são preparados por um processo especial que, segundo afirmam os homeopatas, os reforça de cada vez que são diluídos.

Cada remédio é cuidadosamente testado em voluntários que tomam misturas muito diluídas durante um ano no máximo e registam todos os seus sintomas em pormenor. Isto inclui impressões subjetivas sobre os hábitos de dormir e comer, disposição e relacionamento, visto que os homeopatas acreditam que o corpo funciona como um todo.

Uma vez testado e comprovado, o remédio pode ser receitado a doentes, que recebem geralmente apenas uma dose de alta potência. Os remédio raramente provocam quaisquer efeitos que não sejam os sintomas já existentes, embora estes possam, por vezes piorar a princípio– o que se designa por “crise da cura” -, mais esta geralmente não dura muito tempo e é considerada um prenúncio da melhoria.

Os homeopatas prestam muita atenção aos sintomas que têm máximo efeito na capacidade geral de o doente atuar – em especial os sintomas mentais ou emocionais. Os distúrbios do coração, por exemplo, são considerados mais importantes que as doenças da pele.

A gravidade dos sintomas dentro de cada sistema corporal é graduada por ordem de importância, mas os sintomas pouco comuns têm um maior significado. Deste modo, o estado mental e emocional de um indivíduo, problemas gerais como a insónia e quaisquer outros sintomas estranhos podem atrair mais atenção do que um sintoma como uma erupção cutânea, embora esta tenha sido a causa original da queixa do doente.

Ao contrário da medicina convencional, a homeopatia acentua a singularidade do indivíduo e defende que a constituição individual determina as doenças que cada um é mais suscetível de contrair e quais os sintomas com mais probabilidades de ocorrerem. Os remédios homeopáticos têm de ser adequados tanto aos sintomas como ao indivíduo. Assim, o mesmo sintoma – uma constipação por exemplo – pode ser tratado de modo diferente se o doente for uma pessoa jovial, aberta e obesa ou um indivíduo magro, nervoso e com poucos amigos. Reciprocamente, o mesmo remédio pode ser utilizado para sintomas diferentes em pessoas diferentes.


Princípios da prática da Homeopática

Além da visão holística impressa em toda a obra de Hahnemann, ou seja, a visão do todo sobre as partes, há quatro princípios que orientam a prática homeopática:

  • Lei dos Semelhantes. Resultado de suas releituras dos Clássicos e, sobretudo, de suas próprias experiências, anuncia esta Lei universal da cura: similia similibus curantur. Exemplificando, um medicamento capaz de provocar, em uma pessoa sadia, angústia existencial que melhora após diarreia e febre, curará uma pessoa cuja doença natural apresente essas características.
  • Experimentação na pessoa sadia. A fim de conhecerem as potencialidades terapêuticas dos medicamentos, os homeopatas realizam provas, chamadas patogenesias; em geral são eles mesmos os experimentadores. Tipicamente não se fazem experiências com animais. Uma condição básica para a escolha dos provandos é que sejam saudáveis. Esses medicamentos são capazes de alterar o estado de saúde da pessoa saudável e justamente o que se busca é os efeitos puros dessas substâncias. Isso serve até mesmo como alerta aos que pensam que medicamento homeopático é isento de efeitos indesejados quando tomado sem indicação de um bom especialista. Não o é! E pode, inclusive, ser mais deletério que medicamentos alopáticos, por sua maior capacidade de penetração.
  • Doses infinitesimais. A preparação homeopática dos medicamentos segue uma técnica própria que consiste em diluições infinitesimais seguidas de sucessões rítmicas. Essa técnica “desperta” as propriedades latentes da substância. Toma-se o cuidado de prescrever a menor dose possível, porquanto o poder do medicamento homeopaticamente preparado é grande e há pessoas sensíveis a ele.
  • Medicamento único. A homeopatia é uma ciência muito criteriosa em sua prática. Primeiro o homeopata avalia se a natureza individual está a “pedir” intervenção com medicamento, pois esse é um dos meios que o médico tem para auxiliar a pessoa e não o único. Sendo o caso, usa-se um medicamento por vez, levando-se em conta a totalidade sintomática do paciente. Só assim é possível ver seus efeitos, a resposta terapêutica e avaliar sua eficiência ou não. Após a primeira prescrição é que se pode fazer a leitura prognóstica, ver se é necessário repetir a dose, modificar o medicamento ou aguardar a evolução.

Como se fazem os remédios Homeopáticos

Na preparação de remédios homeopáticos, utilizam-se substâncias vegetais, minerais e animais. A substância é primeiramente mergulhada em álcool para se extraírem os seus ingredientes ativos. Esta solução, chamada tintura primitiva, é progressivamente e repetidamente diluída na proporção decimal ou centesimal, sendo vigorosamente agitada após cada diluição.

Segundo os homeopatas, a agitação “potencia” a mistura e aumenta os seus poderes terapêuticos, transmitindo-lhes energia. Isto significa que se, considera que os remédios homeopáticos se tornam mais potentes após cada diluição, acabando por ter uma concentração muito baixada substância original, mas com um elevadíssimo teor energético. Adiciona-se então açúcar à solução final, diluída e tornada portador de energia, a fim de se obterem pequenos comprimidos ou grânulos homeopáticos.

Sucessivas diluições na proporção de 1:10 (também chamada potência decimal, ou X) ou de 1:100 (potência centesimal, ou C) são indicadas nos remédios como 1X, 2X, 6X ou3C, 12C, 30C, e assim por diante. Utiliza-se por vezes 1M em vez de 1000C, e outras vezes omite-se o X.

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